
Não, a Blair não tem nada a ver com nenhum destes jogos. Mas o que é mais Dia das Bruxas do que uma gata que parece uma bruxa e usa magia de aboboras?
Fala povo! Entrando no espirito do Halloween, começamos uma série de posts envolvendo o terror no nosso querido mundo nerd dos animes e jogos! Começaremos pelos 10 melhores jogos de tabuleiro terror, para vocês passarem uma boa madrugada de dia das bruxas!
#10 Elder Sign
O primeiro jogo da nossa lista é o irmão mais novo de dois jogos que vão aparecer daqui a pouco. Ambientado no universo dos Mitos de Cthulhu de H. P. Lovecraft, Elder Sign é um jogo cooperativo onde os jogadores, cada um controlando um investigador com habilidades unicas, deve investigar um museu onde acontecimentos misteriosos levarão ao despertar de um grande monstro antigo. Para impedir isso os investigadores devem completar uma série de missões rolando dados e conseguindo os resultados exigidos. Itens, pistas e magias ajudam a completar missões, adicionando mais dados, mudando o resultado das rolagens, derrotando monstros e recuperando a vida e a sanidade dos jogadores. Este não é um jogo dos mais difíceis de se vencer, mas tem a vantagem de ser bem rápido de se aprender, montar e jogar, além da qualidade dos componentes ser muito boa.
#9 Zombicide
Zombicide foi lançado no Brasil recentemente pela Galapagos Jogos e é o único desta lista que pode ser encontrado em português (infelizmente). Trata-se de um jogo cooperativo onde cada jogador controla de um a quatro sobreviventes numa cidade infestada por zumbis. Com o tempo (e armas melhores) os sobreviventes logo se tornam caçadores para acabar zumbis, embora este nem sempre seja o objetivo do jogo. No entanto, a equipe deve constantemente manter o equilíbrio entre sobrevivência e matança: conforme o zumbicídio progride, o “Nível de Perigo” aumenta a o número de infectados cresce. Zombicide é um jogo divertido e fácil de se jogar. O clima oscila constantemente entre “beat’em up” e “survival horror”, com os personagens se alternando entre caça e caçador. O jogo vem com 10 cenários, cada um com uma configuração própria de salas, zumbis e um objetivo que os jogadores devem alcançar para saírem vitoriosos. Mais cenários podem ser encontrados online e nada impede que seu grupo crie seus próprios! Além disso, o jogo já possuem expansões que também devem ser lançadas aqui no Brasil.
#8 Darkest Night
Darkest Night é um jogo cooperativo (é incrível como os jogos de terror tendem a ser cooperativos…) para até quatro jogadores. A história se passa em um reino à mercê de um Necromante poderoso (e acreditem, a princípio ele é mesmo MUITO mais forte do que os jogadores). Cada jogador escolhe um entre 9 heróis disponíveis, cada um com sua classe e habilidades únicas, algumas iniciais, outras que são adquiridas ao longo do jogo. Os jogadores devem procurar pelo reino por chaves para destrancar as arcas que guardam as relíquias sagradas, os únicos itens mágicos capazes de derrotar o necromante, isso enquanto combatem os monstros que ele invoca, conseguem novas habilidades e equipamentos e protegem o Monastério, o ultimo refúgio seguro do reino. E para complicar mais a vida dos jogadores, a Necromante também se fortalece, invocando cada vez mais monstros enquanto as trevas avançam pelo reino, até ser praticamente impossível para os jogadores vencerem. Este é um dos jogos mais difíceis que eu já joguei mas o desafio vale a pena.
#7 Last Night on Earth: The Zombie Game
De certa forma, Last Night on Earth é bem parecido com Zombicide, mas com algumas diferenças importantes. Ao contrário do primeiro, que é 100% cooperativo, em Last Night 1 ou 2 players controlam os zumbis, enquanto os demais controlam os 4 heróis que devem sobreviver ao apocalipse zumbi. Cada grupo, heróis e zumbis, possui um deck próprio que dá bônus para cada um dos lados e várias cartas trazem situações que parecem realmente saídas de um filme do Romero, o que ajuda a criar o clima junto com o CD com a trila sonora que acompanha o jogo. O mapa é modular e o jogo vem com diversos cenários envolvendo missões de sobrevivência, resgate, fuga, etc. Para mim, o que torna este jogo superior ao Zombicide é a qualidade gráfica e o fato dos zumbis serem controlados por jogadores e não pelo jogo, o que torna a luta pela sobrevivência bem mais acirrada (bem, na verdade isso pode depender um pouco do seu grupo…)
#6 Ghost Stories
Em Ghost Stories, cada jogador controla um monge taoísta que deve proteger a vila contra a encarnação do lorde do inferno, Wu Feng, e sua legião de fantasmas, antes que eles assolem a cidade e encontrem as cinzas que permitirão que Wu Feng volte à vida. Os jogadores devem cooperar entre sí para exorcizar as hordas de fantasmas que aparecerão ao longo do jogo. Todos os fantasmas possuem suas próprias habilidades para resistir aos monges, amaldiçoa-los, etc. Os monges, por sua vez, utilizam as habilidades fornecidas pelos diferentes lugares da vila, desde que eles não estejam assombrados, e realizam exorcismos rolando dados especiais. Os jogadores vencem caso derrotem o próprio Wu Feng, que aparece no final do jogo. Eles perdem se todos morrerem, se muitas partes da vila ficarem assombradas ou de o deck acabar enquanto Wu Feng ainda estiver em jogo. Sabem quando eu disse que Darkest Night era difícil? Pois o Wu feng come necromantes no café da manhã!!! Felizmente, a dificuldade pode ser ajustada de acordo com a experiência do grupo, o que torna o jogo um pouco menos traumático.
#5: Resident Evil Deck Building Game
Nada mais justo do que uma das melhores franquias de games de terror estar nesta lista. Neste jogo, cada jogador é um personagem da série com suas próprias habilidades, ativadas de acordo com o número e a força dos zumbis que você matou, utilizando armas, munições e cartas de ação adquiridas ao longo do jogo (para um review completo do jogo, Clique aqui). Como os personagens têm suas próprias habilidades dá para sentir que eles são realmente diferentes e é muito legal usar seu personagem favorito da série. Além disso, não saber o zumbi que vai sair na hora de explorar a mansão torna o jogo realmente tenso, especialmente no começo do jogo quando qualquer coisa pode tirar metade da sua vida de uma vez.
# 4: Mansions of Madness
Continuando a abusar dos Mitos de Cthulhu temos Mansions of Madness, um jogo de exploração com miniaturas. Cada jogo possui uma história pré-desenhada que dá aos jogadores um mapa e várias combinações de tramas que afetam os monstros que os investigadores devem combater, as pistas que devem encontrar e o desfecho final da aventura, quando eles eventualmente enfrentarem o grande mal que aguarda na Mansão. Um dos jogadores joga como keeper, responsável por controlar os monstros e posicionar as pistas (o que as vezes pode ser um serviço ingrato). Quase como o Mestre em um jogo de RPG. O restante dos jogadores controla os investigadores, encarregados de salvar o dia e tentando manter o pouco que resta da sua sanidade. O jogo é ótimo, mas exige um grupo experiente. Em especial o keeper, que deve prestar bastante atenção na hora de montar o jogo, pois uma pista esquecida pode acabar com a aventura. Ainda assim vale muito a pena de se jogar!
#3: Betrayal at House on the Hill
Se você é fã de filmes de terror B envolvendo casas mal assombradas, este jogo é para você. Se você não é fã deste tipo de coisa, você não é uma pessoa feliz. Saia da internet agora, vá assistir os 3 Evil Deads originais para se purificar e depois volte pra gente conversar. Cada jogador tem seu personagem que está investigando uma antiga mansão abandonada no meio do nada (porque aparentemente é isso o que as pessoas fazem enquanto estão sem internet no final de semana…). O legal é que o tabuleiro é modular, mas não é definido por missões como nos jogos de zumbis que acabamos de ver. Assim, cada pedaço da casa é adicionado de forma aleatória a medida que os jogadores avançam para áreas desconhecidas, o que faz com que a mansão nunca seja igual! Enquanto exploram, os jogadores recolhem itens, tem encontros assustadores e fazem aliados, tudo isso até o momento em que a Assombração se revela. Nesta hora o jogo muda e um dos jogadores se revela um traidor, que atraiu todos os demais para a casa com um proposito sombrio. Agora cabe aos demais jogadores impedir o plano maligno do traidor (que muitas vezes envolve abrir portais para o inferno, dar vida a um monstro adormecido e coisas assim), antes que ele acabe com o grupo. O jogo vem com um livro com 50 assombrações diferentes para se jogar e cada uma delas parece tirada direto de um filme de terror dos anos 80 (em algumas dá até para saber o titulo do filme!) A ambientação é muito bem feita e mesmo repetindo a assombração dois jogos nunca são iguais. É de longe o melhor jogo de casa assombrada de todos!
#2: A Touch of Evil: The Supernatural game
Se Betrayal é o jogo definitivo sobre casas mal-assombradas, A Touch of Evil é o jogo dos monstros clássicos. Estamos no século 19 e a pequena e isolada vila de Shadowbrook está sendo assolada por assassinatos misteriosos. Cabe a um grupo de forasteiros recém chegados descobrir os mistérios que envolvem o local e derrotar o vilão e seus asseclas antes da vila ser totalmente tomada pelas trevas. Para derrotar o vilão, os jogadores devem explorar a cidade e seus arredores, derrotar as hordas de monstros controladas pelo vilão, coletar pistas para descobrir o esconderijo do vilão, descobrir os segredos dos anciões da cidade (NPCS que podem ajudar os jogadores ou que podem, secretamente, estar trabalhando para o vilão) e conseguir equipamentos para ficarem mais fortes antes do combate final. Basicamente, A Touch of Evil é o filme “A Lenda do cavaleiro sem cabeça”, do Tim Burton, em forma de jogo (o próprio cavaleiro é um dos possíveis vilões). O jogo inclusive vem com um CD com uma trilha sonora para tocar durante o jogo e aumentar o clima de terror (pena que o CD não dura o tempo de uma partida).
#1: Arkham Horror
Na minha opinião, Arkham Horror não é somente o melhor jogo de terror de todos. É o melhor jogo de todos, ponto. Também bebendo da aparentemente inesgotável fonte Lovecraftiana de ideias, cabe aos jogadores explorarem as diferentes localidades da cidade de Arkham e também outras dimensões alienígenas não-euclidianas para fechar, e com sorte lacrar, os portais que estão se abrindo pela cidade trazendo monstros bizarros. Tudo isso antes do Grande Antigo (Great Old One) acordar. Caso ele acorde, cabe aos investigadores enfrentá-lo em uma última batalha pelo destino da humanidade (boa sorte, vocês vão precisar). O que torna Arkham Horror tão bom é a atenção aos detalhes. Cada investigador tem sua própria história, cada ajudante, item mágico, monstro e local remete à uma história do Lovecraft. O jogo básico tem um replay muito bom graças ao número de investigadores e de Grandes Antigos, além da aleatoriedade dos monstros, dos portais e das cartas. Sem falar que o jogo possui 3 grandes expansões (Dunwich, Innsmouth e Kingsport, que os leitores reconhecerão na hora) com novos mapas, 3 expansões menores e uma expansão que complementa todas as demais. Mesmo para quem nunca leu Lovecraft, este ainda é o tipo de jogo cuja partida pode durar 5 horas e você não vai nem ver o tempo passar!
Quem tiver a oportunidade de jogar qualquer um destes jogos, creio que não vai se arrepender! O próximo top 10 terror também será sobre jogos, mas desta vez falarei sobre video games!
Até mais!
Nenhum destes considero terror mesmo. o único que seria e nem entrou na lista é kingdom death monster. este sim merece respeito como jogo de horror no caso.
Olá. O Kingdom parece mesmo um jogo interessante, mas eu evitei colocar kickstarters (mesmo motivo pelo qual não mencionei Shadows of Brimstone, por exemplo). Caso o jogo chegue ao mercado, é bem possível que entre na próxima lista (caso ele já esteja disponível, poderia me dizer onde encontra-lo?)
Mas neste caso, o que você consideraria um jogo de terror? Eu não sinto medo algum jogando nenhum destes jogos, mas os classifico como terror pela temática que abordam.
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